«A necessidade de se observar a realidade social através da lente do género expandiu-se com a tomada de consciência da invisibilidade em que era mantido um amplo domínio de conhecimentos no exercício académico. A multiplicação de olhares que partem do género tem vindo a intensificar-se, particularmente desde a década de 1990, contribuindo, entre outros fatores, para evidenciar comportamentos e narrativas há muito naturalizadas, bem como aspetos de distribuição desigual de poder. […] Desenvolve-se, ao longo da leitura dos capítulos, um questionamento que interrelaciona esquemas de género e sexualidade numa complexa teia de relações associadas à prática musical como conjuntura social, atuação humana, entendimento e produção de realidade e mundo.» Paula Gomes-Ribeiro